A felicidade é um momento de
intensa alegria, onde sentimos a vida em sua plenitude. Toda felicidade é
momentânea, não existe felicidade eterna ou contínua.
O que existe são pedaços de
felicidade, com mais ou com menos intensidade, alicerçados na vontade e no grau de decisões que tomamos.
O que realmente é a vida?
A nossa vida não é só essa
contagem de dias, anos... essa experiência que nunca chega, essa maturidade
disfarçada, às vezes, em sonhos que nunca se realizam... ela vai mais além da
nossa própria compreensão... não cabe em espaços predefinidos...
Às vezes é doce, às vezes acre,
uma mistura infindável e ininterrupta daquilo que sempre buscamos e do que
somos... o que a faz ter sentido, dar sentido, é essa enorme vontade de não
entender nada, de apenas ser, existir... e sentir que isso nos basta. (Iris
Miranda)
A
amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa
alegria e dividindo a nossa dor. (Joseph Addison)
O que é a felicidade na vida?
Felicidade é uma vibração
intensa, um momento em que eu sinto a vida em plenitude dentro de mim, e quero
que aquilo se eternize.
Felicidade é a capacidade de
você ser inundado por uma alegria imensa por aquele instante, por aquela
situação.
Aliás, felicidade não é um
estado contínuo, felicidade é uma ocorrência eventual. A felicidade é sempre
episódica.
Você sentir a vida vibrando,
seja num abraço, seja na realização de uma obra, seja numa situação, por
exemplo, em que seu time vence, seja porque algo que você fez deu certo, seja
porque você ouviu algo que você queria ouvir.
É claro que aquilo não tem
perenidade, aliás, a felicidade se marcada pela perenidade seria impossível.
Afinal de contas nós só temos a noção de felicidade pela carência.
Se eu tivesse a felicidade como
algo contínuo, eu não a perceberia. Nós só sentimos a felicidade porque ela não
é contínua. Isto é, ela não é o que acontece o tempo todo, de todos os modos.
A ideia de felicidade sozinha
ela teria que ter uma questão anterior: se é possível viver sozinho. Que como a
felicidade pelo óbvio só acontece com alguém que viu ou está e viver é viver
com outros e outras, como não é possível viver sozinho?
A possibilidade da felicidade
isolada, solitária é nenhuma. Pra que eu possa ser feliz sozinho eu teria que
ser capaz de viver sozinho.
Mesmo a literatura, como Robson
Crusoé, por exemplo, que lida com um homem que está só, mas ele está só depois
de ter vivido com outros. Ele trás as outras pessoas na sua memória, na sua
história, no seu desejo, no seu horizonte.
Não há, não há história de ser
humano em que ele tenha sido sozinho da geração até o término. Se assim não há,
não há possibilidade de se ser feliz sozinho.
Nos últimos 50 anos do século
XX, nós tivemos mais desenvolvimento tecnológico do que em toda história
anterior da humanidade.
Todos os 39.950 anos
anteriores, desde que o homo sapiens era sapiens, sapiens sapiens na
classificação científica, foram menos do que os 50 anos finais do século XX.
Seria a redenção da humanidade.
Uma questão: as questões centrais permaneceram. Quem sou eu?, pra que tudo
isso?, porque eu não sou feliz apenas quando possuo objeto?, porque o mal
existe?, porque que eu não tenho paz em meio a tanta convivência?
Nesta hora, não só a religiosidade,
ela sofreu um revival, como a filosofia passou, de novo, a ser interessante. E
aí claro, a filosofia como autoajuda, a filosofia como autoconhecimento, a
filosofia como auto capacidade, a filosofia como prática sistemática.
E de repente a gente tem no
final do século XX, em vários lugares do mundo e no Brasil também, casas pra
estudar filosofia; procura de cursos de filosofia.
Nós somos o único animal que é
mortal. Todos os outros animais são imortais. Embora todos morram, nós somos o
único que além de morrer, sabe que vai morrer.
Teu cachorro tá dormindo
sossegado nessa hora. Teu gato tá tranquilo. Você e eu sabemos que vamos
morrer. Desse ponto de vista, não é a morte que me importa, porque ela é um
fato.
O que me importa é o que eu
faço da minha vida enquanto minha morte não acontece, pra que essa vida não
seja banal, superficial, fútil, pequena.
Nesta hora, eu preciso ser
capaz de fazer falta. No dia que eu me for, e eu me vou, quero fazer falta.
Fazer falta não significa ser famoso, significa ser importante.
Há uma diferença entre ser
famoso e importante. Muita gente não é famosa e é absolutamente importante.
Importar; quando alguém me leva pra dentro, importa. Ele me porta pra dentro,
ele me carrega.
Eu quero ser importante. Por
isso, pra ser importante, eu preciso não ter uma vida que seja pequena.
E uma vida se torna pequena
quando ela é uma vida que é apoiada só em si mesmo, fechada em si.
Eu preciso transbordar, ir além
da minha borda, preciso me comunicar, preciso me juntar, preciso me repartir.
Nesta hora, minha vida que, sem dúvida, ela é curta, eu desejo que ela não seja
pequena. (Mario Sergio Cortella)
A felicidade é um problema
individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si,
tornar-se feliz. (Sigmund Freud)
A felicidade, se for pouca, que
seja ao menos intensa.
Abraços e muita paz!
Vida em plenitude e felicidade intensa
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
outubro 15, 2017
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