Costumamos julgar a vida das outras pessoas e até mesmo a nossa,
com o que achamos correto em nosso pensamento, julgamos munidos de juízos
indefectíveis dos seres humanos, achamo-nos o dono da razão e o conhecedor
infalível de todas as causas, sentimentos, emoções e palavras. A viagem da vida
é difícil para todos e ninguém é conhecedor absoluto.
Juízos infalíveis dos seres humanos
Costumamos julgar roupas, comportamento, caráter - juízes
indefectíveis que somos da vida alheia, mas é um atrevimento nos outorgarmos o
direito de reconhecer, apenas pelas aparências, quem sofre e quem está em paz.
A sua felicidade não é a minha, e a minha não é a de ninguém.
Não se sabe nunca o que emociona intimamente uma pessoa, a que ela recorre para
conquistar serenidade, em quais pensamentos se ampara quando quer descansar do
mundo, o quanto de energia coloca no que faz, e no que ela é capaz de desfazer
para manter-se sã.
Toda felicidade é construída por emoções secretas. Podem até
comentar sobre nós, mas nos capturar, só se permitirmos. (Martha Medeiros)
Ninguém é absoluto o suficiente para se colocar diante
das pessoas como o rei da razão. O seu certo pode ser o meu errado, e
vice-versa...
Nenhum de nós sabe o que existe e o que não existe. Vivemos de
palavras. Vamos até à cova com palavras. Submetem-nos, subjugam-nos. Pesam
toneladas, têm a espessura de montanhas.
São as palavras que nos contêm, são as palavras que nos
conduzem. Mas há momentos em que cada um redobra de proporções, há momentos em
que a vida se me afigura iluminada por outra claridade.
Há momentos em que cada um grita: - Eu não vivi! Eu não vivi! Eu
não vivi! - Há momentos em que deparamos com outra figura maior, que nos mete
medo. A vida é só isto? (Raul Brandão)
A viagem da Vida é difícil. Mesmo assim, conheço poucas pessoas
que se deixaram deter por essas dificuldades.
Entramos no mundo sem saber o que aconteceu no passado e o que
reserva o futuro. É como se nossos pais estivessem em uma caravana e, de
repente, nascemos no meio do percurso.
Iremos o mais longe possível. Mas, olhando a paisagem, sabemos
que não será possível conhecer e aprender tudo.
Resta-nos tentar lembrar de tudo sobre a nossa viagem, para que
possamos contar histórias. A narrativa, assim como a viagem, não irá acabar
nunca. (Paulo Coelho)
Não há coisa que mais nos engane do que o nosso juízo. (Leonardo
da Vinci)
Abraços e muita paz!
Vida e juízos indefectíveis dos humanos
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
abril 11, 2016
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