Na vida, constantemente fazemos a célebre e eterna pergunta:
Quem Sou Eu? Geralmente não temos uma definição satisfatória, ou uma resposta
concreta e esclarecedora, sempre haverá uma dúvida. Mas os outros têm sempre
uma resposta na ponta da língua, mesmo os que não nos conhecem profundamente
pela convivência.
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem,
mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que
tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma
lentamente no que eu digo. (Clarice Lispector)
Quem sou eu?
Não sei quem sou, que alma tenho. Quando falo com sinceridade
não sei com que sinceridade falo. Sou variamente outro do que um eu que não sei
se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho. Enlevam-me ânsias que repudio. A
minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta traições de alma a um
carácter que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos
fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que
não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor, eu sinto-me
vários seres. Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o
meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada (?), por uma
suma de não-eus sintetizados num eu postiço. (Fernando Pessoa)
Quem sou eu? A alegria de quem me ama, a tristeza de quem me
odeia e a ocupação de quem me inveja!
Você é
Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os
nervos à flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia
preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente
que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia
com seu pai, você é o que você lembra.
Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no
altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter
falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um
trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você
chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que
precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho
que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da
garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é
o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não
conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o
desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema,
que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a
ardência da revolta, você é o que você queima.
Você é aquilo que reivindica, o que consegue gerar através da
sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se
obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você
é o que você pleiteia.
Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você
requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.
Você é o que você gosta
Quem sou eu? Quando não temos nada de prático nos atazanando a
vida, a preocupação passa a ser existencial. Pouco importa de onde viemos e
para onde vamos, mas quem somos é crucial descobrir.
A gente é o que a gente gosta. A gente é nossa comida preferida,
os filmes que a gente curte, os amigos que escolhemos, as roupas que a gente
veste, a estação do ano preferida, nosso esporte, as cidades que nos encantam.
(Martha Medeiros)
Há muitos anos me pergunto quem eu sou. Quanto mais me pergunto,
menos sei quem sou. O que penso que sou não é o que sou... Sou um eterno
aprendiz que no traçado da história tenta entender quem sou. Sou apenas um
caminhante a procura de mim mesmo. (Augusto Cury)
Você é matéria que todos vêm e se reflete num espelho. Mas também
essência abstrata que vive escondida do olho alheio. Quem é você, afinal? Você
é você, um ser único definindo sua vida, um caminhante aprendiz, e ponto...
Abraços e muita paz!
Vida e a eterna pergunta Quem Sou Eu?
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
janeiro 17, 2016
Rating:
Sou um espírito encarnado no Planeta Terra, para evoluir Moralmente, Espiritualmente, com objetivos de caminhar para Deus.Somos todos caminhantes aprendizes de Amor. Somente com a prática de Virtudes venceremos como Filhos de Deus. Dentro deste objetivo maior sou pessoa, Mãe, irmâ, filha, amiga...no contexto da Vida. Muita inspiração e Paz para VC!!
ResponderExcluirOlá, querida amiga Eloiza!!!
ExcluirSomos seres definindo a nossa vida, uns evoluindo para o bem, outros para o mal. Infelizmente, estes últimos são a grande maioria. Só poderemos evoluir com a prática das boas virtudes, mas muitos ainda não conseguem entender esta tarefa como necessária.
Obrigado, muita inspiração e paz para você também!!!
Fico muito feliz com sua presença e participação, valeu!!!
Abraços com carinho e muita luz em sua vida!!!