A vida é uma eterna experiência onde a descoberta do verdadeiro
"eu" ainda é um grande problema para muitos. Esta dificuldade de
encontrar o próprio "eu" talvez esteja relacionada com a falta de
autoanálise, crises de sentimentos, crises morais, crises sociais e até mesmo os
causados pela própria modernidade e falta de amor próprio.
Vida e a descoberta do próprio "eu"
Quando a pessoa não é capaz de dominar seus próprios sentimentos,
pensamentos e instintos, ela acaba por ser escrava daqueles que se propõem a
fazê-los. A pessoa passa a viver uma vida em desacordo com seu próprio ser, com
seu próprio "eu". Passa a viver a vontade de toda uma sociedade ou
determinado grupo.
Seja sempre transparente, seja você mesmo, faça valer as suas
vontades, seu amor próprio, os seus sentimentos, suas ideias, mesmo com suas
dificuldades e imperfeições, pois ninguém neste mundo é perfeito. Muitas
pessoas viveriam melhores e mais felizes se escolhessem viver o seu próprio
"eu". (Doando Vida)
Nunca abandone a sua própria vida, o seu próprio "eu".
Se você quer ser feliz, mande embora seu "severo juiz", ouça seu
coração. Valorize o que sente e seja uma pessoa verdadeira. Assuma seus
sentimentos verdadeiros. (Zíbia Gasparetto)
O autorrespeito é a raiz da disciplina; a noção de dignidade
cresce com a habilidade de dizer não a si mesmo. (Abraham Lincoln)
Produzir ideias tem um preço, ser diferente tem um preço, nem sempre fácil de pagar, mas necessário para saldar o débito com o nosso próprio Eu. (Augusto Cury)
Se eu fosse eu
Quando eu não sei onde guardei um papel importante e a procura
revela-se inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante
para guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo.
Mas muitas vezes fico tão pressionada pela frase "se eu
fosse eu", que a procura do papel se torna secundária, e começo a pensar,
diria melhor SENTIR.
E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria
e o que faria? Logo de início se sente um constrangimento: a mentira em que nos
acomodamos acabou de ser movida do lugar onde se acomodara.
No entanto já li biografias de pessoas que de repente passavam a
serem elas mesmas e mudavam inteiramente de vida.
Acho que se eu fosse realmente eu, os amigos não me
cumprimentariam na rua, porque até minha fisionomia teria mudado. Como? Não
sei.
Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar.
Acho por exemplo, que por um certo motivo eu terminaria presa na cadeia. E se eu
fosse eu daria tudo que é meu e confiaria o futuro ao futuro.
"Se eu fosse eu" parece representar o nosso maior
perigo de viver, parece a entrada nova no desconhecido. No entanto tenho a
intuição de que, passadas as primeiras chamadas loucuras da festa que seria,
teríamos enfim a experiência do mundo.
Bem sei, experimentaríamos enfim em pleno a dor do mundo. E a
nossa dor aquela que aprendemos a não sentir. Mas também seríamos por vezes
tomados de um êxtase de alegria pura e legítima que mal posso adivinhar.
Não, acho que já estou de algum modo adivinhando, porque me
senti sorrindo e também senti uma espécie de pudor que se tem diante do que é
grande demais. (Clarice Lispector)
A paz da consciência é o maior de todos os dons. Uma pessoa com
a consciência limpa não tem motivos para temer os espectros. (Lin Yutang)
Abraços e muita paz!
Vida e a experiência da descoberta do eu
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
dezembro 09, 2015
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