Muitas vezes nos deparamos com metáforas tentando explicar ou
resolver os episódios da vida, são os recursos metafóricos. A metáfora é uma
analogia, uma figura de linguagem que produz sentidos figurados por meio de
comparações implícitas. Ela pode dar um duplo sentido à frase. Com a ausência
de uma conjunção comparativa. Também é um recurso expressivo.
Metáforas na sinfonia da vida
Às vezes me agarro a um guarda-chuva de mistério e sou levado
pelo vento da curiosidade até o céu de respostas, mas sou derrubado por uma
chuva de lógica. (Gustavo Ortale)
Eu não sei o que sei. A verdade é uma metáfora da vida: só tem
sentido quando recolhidos os detalhes.
Hoje é dia de recolher detalhes. Vida pequena, quase um respiro
de tão miúda, mas bela. Mas não há o que se fazer, senão esperar pela
serenidade.
Tenho vivido a convicção de que a sinfonia só é bela porque
reúne os acordes dissonantes, maiores e menores. O resultado final é uma
explosão de beleza. O todo preenchendo o espaço, cumprindo a sina de sacralizar
o choro de quem chora, e o riso de quem ri. A sinfonia é triste e bela ao mesmo
tempo. Não há como querer uma parte só.
Hoje, neste dia em que minha pauta tem acordes tristes,
recorro-me ao carinho de quem luta comigo, de quem me ama e me quer bem. Só
assim é suportável viver esta passagem...
Deus é o regente de tudo. Tenho certeza de que o movimento de
seus braços ordenarão o despertar dos acordes serenos, momento em que
prepararemos o sorriso e a alegria.
A sinfonia da vida é linda, mas dói. Maturidade é o fruto a ser
recolhido, cada vez que na partitura da vida, há um interlúdio de tristeza.
(Desconhecido - Pensador)
No ano passado ou simplesmente no passado.
Já repararam como é bom dizer "o ano passado"? É como
quem já tivesse atravessado um rio, deixando tudo na outra margem... Tudo sim,
tudo mesmo! Porque, embora nesse "tudo" se incluam algumas ilusões, a
alma está leve, livre, numa extraordinária sensação de alívio, como só se
poderiam sentir as almas desencarnadas.
Mas no ano passado, como eu ia dizendo, ou mais precisamente, no
último dia do ano passado deparei com um despacho da Associeted Press em que,
depois de anunciado como se comemoraria nos diversos países da Europa a chegada
do Ano Novo, informava-se o seguinte, que bem merece um parágrafo à parte:
"Na Itália, quando soarem os sinos à meia-noite, todo mundo
atirará pelas janelas as panelas velhas e os vasos rachados".
Ótimo! O meu ímpeto, modesto mas sincero, foi atirar-me eu
próprio pela janela, tendo apenas no bolso, à guisa de explicação para as
autoridades, um recorte do referido despacho.
Mas seria levar muito longe uma simples metáfora, aliás
praticamente irrealizável, porque resido num andar térreo. E, por outro lado,
metáforas a gente não faz para a Polícia, que só quer saber de coisas
concretas. Metáforas são para aproveitar em versos...
Atirei-me, pois, metaforicamente, pela janela do
tricentésimo-sexagésimo-quinto andar do ano passado.
Morri? Não. Ressuscitei. Que isto da passagem de um ano para
outro é um corriqueiro fenômeno de morte e ressurreição - morte do ano velho e
sua ressurreição como ano novo, morte da nossa vida velha para uma vida nova.
(Mario Quintana)
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A vida e os seus recursos metafóricos
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
outubro 06, 2015
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