A corrupção é a parte podre da boa maçã

Corrupção é estar podre na honestidade
A corrupção é a parte podre da boa maçã, é a maça podre do cesto. Ser corrupto é tornar-se podre na honestidade e podre no poder que lhe é confiado. É abdicar da vida honesta em benefício próprio ou vantagem própria. A corrupção social ou estatal é caracterizada pela incapacidade moral dos cidadãos.

Diz o velho ditado que a ocasião faz o ladrão, esta expressão é típica para testar a honestidade dos seres humanos que se aproveitam da situação para levar certa vantagem. É quando uma pessoa se aproveita da situação confiável a ela e se apoderar de algo que não lhe pertence.

A corrupção também é o ato ou efeito de se corromper, oferecer algo para obter vantagem em negociata onde se favorece uma pessoa e se prejudica outra.

Corrupção é tirar vantagem em um "projeto de poder" atribuído geralmente a um Partido Político que visa a dominar e perpetuar-se no Poder. "Corrupção" vem do latim corruptus, que significa no verdadeiro vernáculo "quebrar e manter o quebrado em pedaços (através da calúnia)".

O verbo "corromper" (do latim e grego) significa "tornar-se podre na calúnia e manter o podre ou caluniado no poder do corrupto e corruptor".

Segundo Calil Simão, é pressuposto necessário para a instalação da corrupção a ausência de interesse ou compromisso com o bem comum: A corrupção social ou estatal é caracterizada pela incapacidade moral dos cidadãos de assumir compromissos voltados ao bem comum. Vale dizer, os cidadãos mostram-se incapazes de fazer coisas que não lhes tragam uma gratificação pessoal.

A ocasião faz o ladrão

A corrupção enquanto aspecto cultural

É dito há tempos que “a ocasião faz o ladrão”, e é inegável a verossimilhança do ditado, mas seria, no caso brasileiro, só a ocasião de ser uma pessoa política, a razão real da corrupção? Para responder a essa pergunta, iremos primeiramente definir: O que é corrupção?

Corrupção (do latim: Corruptus – “despedaçado”, ou em uma segunda acepção, “pútrido”) é o ato de se corromper, ou seja, obter vantagem indevida, seja por ação ou omissão, observando-se a satisfação de benefício próprio, a despeito do bem comum.

Ao contrário do saber popular, a corrupção não é só política, e nem sempre envolve dinheiro. Existem três formas de se corromper: pelo abuso, pela omissão ou pelo desvio.

O abuso como forma de corrupção

O abuso, que é tido como normal pela sociedade brasileira hierarquizada pode ser representado pela frase: “Você sabe com quem está falando?”. Trata-se de um traço autoritário da sociedade brasileira. Ela funciona para demarcar diferenças e posições hierárquicas. O seu uso pode ser traduzido como "me respeite, pois não sou do seu nível", ou, melhor ainda, "nós não somos iguais". A partir da famosa frase de Maquiavel: “Favori agli amici, nemici della legge” (Aos amigos favores, aos inimigos a lei), representa bem esse abuso, de um poder que deveria servir para a manutenção do bem comum, e é usado, na verdade, como pressuposto de superioridade daquele que o detém.

A omissão como forma de corrupção

A omissão é, talvez, a forma de corrupção mais vista na nossa sociedade. Omitir-se é deixar de fazer ou dizer algo que deveria, deixando certo problema prosseguir ininterrupto. Todo brasileiro se omite. Deixamos de denunciar tudo o que vemos de errado, deixamos de ajudar aqueles que necessitam da nossa ajuda, deixamos de devolver aquilo que sabemos que não é nosso, e entre outras omissões comuns. Não só não denunciam, mas até votam naqueles que se corrompem “escrachadamente”.

O desvio como forma de corrupção

O desvio como forma de corrupção

O desvio é relacionado ao abuso em partes. É quando devida função ou recurso, seja ele público ou privado, é desviado por aqueles que o administram para se beneficiarem. É como o administrador que desvia o patrimônio daquilo que administra para si, ou o político que dá cargos de confiança para parentes. É o uso de patrimônio alheio do qual administra para si.

Podemos relacionar as três modalidades de ação aos costumes tupiniquins modernos, que desobedecem todos os seus deveres a favor de beneficiar-se, mas requer seus direitos baseando-se no nosso ordenamento jurídico. É como uma relação de dualidade entre o Legal e o Ilegal, do jovem delinquente que reclama dos abusos da polícia, ou do terrorista que anseia pelos direitos humanos. Mais uma vez, a lei é usada em benefício próprio, apenas, pelos “macunaímas” e “Leonardos” (Do romance “Memórias de um Sargento de Milícias”).

Provavelmente ninguém parou pra pensar o quanto afeta na sociedade essa mentalidade anômica, dessa carência de preceitos morais e éticos, sempre em busca da vantagem própria. É a “Lei de Gérson” aplicada, talvez uma frase infeliz do ex-jogador para o momento, mas que reflete em totalidade como funciona a política no Brasil, até porque fazer política não é exclusividade parlamentar, mas um dever de todo cidadão, segundo disposto no parágrafo único do Artigo 1º da Constituição Federal: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Aqueles que nos representam no Planalto, no Congresso, nos Ministérios, vieram de nós, por nós e para nós, e nos representam não apenas como as pessoas políticas que governam, mas como membros do POVO BRASILEIRO, como os nossos, aos quais confiamos os nossos direitos, nossas garantias e nosso patrimônio, ou seja, se eles são corruptos, são frutos da nossa sociedade, corrupta e "malandra".
(Autor: Felipe Pires Morandini)

Essa explicação (de que a corrupção na política é um prolongamento da corrupção no dia a dia) é a mais fácil, engraçadinha e própria do senso comum. É muito boa só para os políticos, já que a culpa recai sobre o povo; contesta Roberto Romano, professor de Filosofia e Ética Política da Universidade Estadual de Campinas.

Diga não à corrupção

Para erradicar este mal é preciso mudar os conceitos éticos da sociedade e dos detentores do poder.
Basta, diga não à corrupção.

Abraços e muita paz!

A corrupção é a parte podre da boa maçã A corrupção é a parte podre da boa maçã Reviewed by Luís Eduardo Pirollo on julho 24, 2015 Rating: 5
2 comentários:
  1. não se corrompe não vende e não compre voto face valer a demcracia

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