Os seres que vivem na indiferença social podem ser definidos
como seres insignificantes para o mundo, pois estão afastados da principal
doutrina da vida, do verdadeiro sentido da vida, o ato de viver em
coletividade. A convivência é uma arte que exige um conjunto de normas no qual
o respeito exerce papel principal. Toda a doutrina social que visa destruir o
coletivo é má, e para mais inaplicável. Quando se decompõe uma sociedade, o que
se acha como resíduo final não é o indivíduo, mas sim o coletivo.
O indivíduo é
social não como resultado de circunstâncias externas, mas em virtude de uma
necessidade interna. A falta de humildade e interação social são as duas
principais causas da indiferença social. O maior pecado para com os nossos
semelhantes, não é odiá-los, mas sim tratá-los com indiferença; é a essência da
desumanidade.
Interações sociais sem preconceitos
É engraçado como, nós, intítulados como seres pensantes, fazemos
o possível para evitar situações que exigem um pouco mais de esforço
intelectual. Deixar de fazer isto ou aquilo por acharmos complicado ou
trabalhoso nos torna cada vez mais preguiçosos e diminui nossas chances de ter
mais um aprendizado adquirido.
Não importa a idade, classe social, gênero ou religião, o
acúmulo de conhecimento deve ser visto sempre como algo constante e infinito.
Também não podemos nos limitar ao mesmo assunto ou objetivo, pois afinal, somos
indivíduos versáteis e totalmente adaptáveis, quanto mais diverso for o nosso
aprendizado, maiores serão as nossas habilidades.
O mais importante na aquisição de conhecimento é estar sempre
livre de preconceitos, com uma mente aberta aos mais variados temas que nos
propicia novas interações sociais e mais qualidade na utilização do nosso
tempo.
Existem dois principais pecados humanos a partir dos quais derivam todos os outros: impaciência e indiferença. Por causa da impaciência fomos expulsos do Paraíso, por causa da indiferença não podemos voltar. (Franz Kafka)
A indiferença é o oposto da vida
Durante todo nosso dia cruzamos com inúmeras pessoas, sejam
conhecidas ou desconhecidas, certamente não nos relacionamos interpessoalmente
com a maioria delas. Temos nossas vidas cheias de problemas a serem resolvidos,
em casa ou no trabalho, e quase ninguém tem tempo de ouvir quem está ao lado.
Somos seres tão pequenos que muitas vezes ignoramos a
importância da comunicação com as diversas pessoas que nos rodeiam,
simplesmente por valorizamos mais a nossa própria vida que a de qualquer outra
pessoa que esteja perto. Cada vez mais associamos a felicidade ao prazer
pessoal, inutilizando completamente as inúmeras pessoas a nossa volta que às
vezes necessitam apenas ouvir um bom dia para se sentir feliz.
A indiferença é um dos sentimentos mais dolorosos, já imaginou
viver cercado de pessoas sem ninguém direcionar nenhuma palavra a você?
Milhares de pessoas vivem diariamente esta situação, se transformando em seres
insignificantes para a sociedade porque um simples diálogo não trará nenhum
benefício material a quem doar um pouco do seu tempo com eles.
Não sejamos indiferentes com as pessoas que nos rodeiam, muitas
vezes receber um simples sorriso pode ser a única coisa que faltava para tal
pessoa conseguir seguir em frente. (Autoria desconhecida)
Felizes os que se apaixonam pela vida
Felizes são aqueles que conseguem transpassar a cortina do seu
dinheiro, status social e títulos acadêmicos e se apaixonar pela vida,
enxergando que cada ser humano é um ser único no palco da existência. Para
esses, cada dia é um novo dia. A solidão e o tédio foram banidos dos seus
labirintos, e os seus sofrimentos se tornaram alimentos que sustentam uma
alegria superior. (Augusto Cury)
Onde está a felicidade? No amor, ou na indiferença? Na obediência,
ou no poder? No orgulho, ou na humildade? Na investigação, ou na fé? Na
celebridade, ou no esquecimento? Na nudez, ou na prosperidade? Na ambição, ou
no sacrifício? A meu ver, a felicidade está na doçura do bem, distribuído sem
idéia de remuneração. Ou, por outra, sob uma fórmula mais precisa, a nossa
felicidade consiste no sentimento da felicidade alheia, generosamente criada
por um ato nosso. (Rui Barbosa)
Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao
contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência. (Karl Marx)
A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a
preparação para a vida, é a própria vida. (John Dewey)
Só a ignorância aceita e a indiferença tolera o reinado da
mediocridade. (José de Alencar)
O oposto do amor não é nenhum ódio, é a indiferença. O oposto de arte não é a feiúra, é a indiferença. O oposto de fé não é nenhuma heresia, é a indiferença. E o oposto da vida não é a morte, é a indiferença. (Elie Wiesel)
Abraços e muita paz!
Seres insignificantes para o mundo
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
maio 25, 2015
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