Vida feliz se edifica com amor e carinho. E para isso, é preciso
haver troca e reciprocidade. Reciprocidade! É isso que faz as coisas darem
certo. Na atenção, no carinho, na lembrança, no amor… Cada um recebe de acordo
com o que dá. Se você der ódio e indiferença, há de recebê-los de volta. Mas se
der atenção e carinho, há de ser cercado de afeto e amor. Muito frequentemente,
nós subestimamos o poder do carinho, de um sorriso, uma palavra amável, um
ombro amigo, dar ouvidos, um elogio honesto, ou o menor ato de dedicação, pois
todos têm o poder de transformar uma vida.
Amor e carinho
Havia uma pequena aldeia onde o dinheiro não entrava.
Tudo o que as pessoas compravam, tudo o que era cultivado e
produzido por cada um, era trocado.
A coisa mais importante era o amor.
Quem nada produzia, quem não possuía coisas que pudessem ser
trocadas por alimentos, ou utensílios, dava seu CARINHO. O CARINHO era
simbolizado por um floquinho de algodão. Muitas vezes, era normal que as
pessoas trocassem floquinhos sem querer nada em troca. As pessoas davam seu
CARINHO pois sabiam que receberiam outros num outro momento ou outro dia.
Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia, convenceu
um pequeno garoto a não mais dar seus floquinhos. Desta forma, ele seria a pessoa
mais rica da cidade e teria o que quisesse. Iludido pelas palavras da malvada,
o menino, que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia, passou a
juntar CARINHOS e em pouquíssimo tempo sua casa estava repleta de floquinhos,
ficando até difícil de circular dentro dela.
Daí então, quando a cidade já estava praticamente sem
floquinhos, as pessoas começaram a guardar o pouco CARINHO que tinham e toda a
HARMONIA da cidade desapareceu. Surgiram a GANÂNCIA, a DESCONFIANÇA, o primeiro
ROUBO, ÓDIO, DISCÓRDIA, as pessoas se XINGARAM pela primeira vez e passaram
IGNORAR-SE pelas ruas.
Como era o mais querido da cidade, o garoto foi o primeiro a
sentir-se TRISTE e SOZINHO, o que o fez procurar a velha para perguntar-lhe e
dizer-lhe se aquilo fazia parte da riqueza que ele acumularia.
Não a encontrando mais, ele tomou uma decisão. Pegou uma grande
carriola, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por toda a cidade
distribuindo aleatoriamente seu CARINHO.
A todos que dava CARINHO, apenas dizia: Obrigado por receber meu
carinho. Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ele distribuiu até o
último CARINHO sem receber um só de volta.
Sem que tivesse tempo de sentir-se sozinho e triste novamente,
alguém caminhou até ele e lhe deu CARINHO. Um outro fez o mesmo... Mais
outro... e outro... até que definitivamente a aldeia voltou ao normal...
Moral da estória:
Nunca devemos fazer as coisas pensando em receber em troca.
Mas devemos fazer sempre.
Lembrar que os outros existem é muito importante. Muito mais
importante do que cobrar dos outros que se lembrem de você, pois sentimento
sincero nos é oferecido espontaneamente, e assim saberemos quem realmente nos
ama.
Aqueles que te quiserem bem se lembrarão de você.
Receber sem cobrar é mais verdadeiro.
Receber CARINHO é muito bom. E o simples gesto de lembrar que
alguém existe a forma mais simples de fazê-lo.
Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe
em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido a provas e
até rejeitado. (Francisco C. Xavier)
Deve-se doar com a alma livre, simples, apenas por amor,
espontaneamente! (Martinho Lutero)
Abraços e muita paz!
Vida feliz se edifica com amor e carinho
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
abril 25, 2015
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