A corrupção moral e espiritual é um grande mal que assola a
humanidade há milênios. A corrupção é um grande flagelo da humanidade, pois
destrói todos os valores morais e espirituais. A corrupção dos governantes
quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios morais e espirituais,
pois um não pode sobreviver sem o outro. A corrupção espiritual do povo segue o
mesmo princípio. Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao
contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.
A corrupção é uma praga insidiosa que tem um largo espectro de
efeitos corrosivos nas sociedades. Ela sabota a democracia e o texto da lei,
leva a violações dos direitos humanos, distorce os mercados, corrói a qualidade
de vida e facilita o crime organizado, terrorismo e outras ameaças ao
florescimento da segurança da humanidade.
A corrupção fere o pobre desproporcionalmente através dos
desvios de fundos que deveriam ir para o desenvolvimento, compromete a
habilidade do governo em prover serviços básicos, alimenta a desigualdade e a
injustiça, além de desencorajar a ajuda e o investimento externo. Corrupção é o
elemento chave no mau desempenho das economias e o principal obstáculo ao desenvolvimento
e ao combate à pobreza. (Kofi Anan)
Na corrupção espiritual, a Bíblia trata do tema da corrupção da
raça humana e do plano redentor de Deus, do Gênesis ao Apocalipse; a corrupção
lato sensu (o pecado, de uma forma geral).
A terra, porém, estava corrompida diante de Deus, e cheia de
violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne
havia corrompido o seu caminho sobre a terra. (Gênesis 6:11-12)
A justiça de Deus é bem maior que o conceito de justiça do ser
humano. É baseada em valores como mansidão, sensibilidade, misericórdia e amor.
Mas isso não quer dizer que a justiça de Deus é menor do que o mínimo exigido
pela justiça humana, como o direito à habitação, alimentação, saúde, educação,
lazer, liberdade de exercer a vocação humana.
Corrupção geral do povo
Ouvi a palavra do Senhor, porque o Senhor tem uma contenda com
os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem
conhecimento de Deus.
Só permanecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar e o
adulterar; fazem violência, um ato sanguinário segue imediatamente a outro.
Por isso a terra se lamentará, e qualquer que morar nela
desfalecerá, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do
mar serão tirados.
Todavia, ninguém contenda, ninguém repreenda, porque o teu povo
é como os sacerdotes aos quais acusa. (Oseias 4:1-4)
Oseias escreveu no oitavo século a.C., durante a mesma época do
trabalho de Amós, Isaías e Miqueias. Ele fala sobre o povo que se achava bom e
próspero, mas estava se apodrecendo por causa da idolatria, a imoralidade e a
injustiça. Destes quatro, Amós e Oseias profetizaram principalmente para
Israel, e Isaías e Miqueias pregaram mais para Judá.
Oseias viveu nos últimos dias do reino de Israel. Devido a
séculos de pecado, o povo estava chegando ao fim. A infidelidade espiritual do
povo é comparada ao pecado de adultério.
A corrupção sempre tomou conta do povo de Deus
O profeta Oseias exerceu sua atividade no Reino de Israel
Setentrional, entre o final do reinado de Jeroboão II e a queda de Samaria
(750-722 AC). Este foi um período sombrio para Israel, a conquistas assírias
entre 734 e 732 AC, quatro reis assassinados, corrupção religiosa e moral.
A pregação de Oseias tem como ponto de partida uma experiência
pessoal tão profunda, que se tornou para ele um símbolo. O profeta apresenta a
relação entre o Deus, sempre fiel e cheio de amor, e seu povo, que o abandonou
e preferiu correr ao encontro dos ídolos e outros deuses.
Visões da Corrupção
Este trecho é mais um relato altamente simbólico e
impressionante. Ezequiel descreve a sua viagem fantástica em visões ao templo
em Jerusalém. Naquela cidade importantíssima para o povo judeu, o profeta viu
uma explicação dramática do declínio de Jerusalém e dos motivos pelo castigo
divino que vinha sobre ela. A arrogância dos habitantes e líderes de Jerusalém
enfrenta a realidade da vingança divina. Mas há um lado positivo nestas visões.
Deus assegura ao profeta que ainda recolheria seu povo e voltaria
a ter comunhão com Israel. (Ezequiel 8:1)
Ezequiel tinha motivo para se preocupar com o futuro de parentes
e amigos em Jerusalém. Por causa do significado especial daquela cidade, tinham
até mais motivo para se preocupar com o destino da cidade e do templo. A nação
poderia sobreviver se a cidade caísse? A queda de Jerusalém seria prova de Deus
ter abandonado seu povo e seus planos para a nação e até para a redenção no
Messias?
Estas preocupações são respondidas nesta série fantástica de
visões nas quais Deus abre a cortina e deixa Ezequiel ver o que está prestes a
acontecer com sua amada nação. Em cada cena, fica evidente que Deus é justo e
soberano, e que ele controla os eventos e julgará em justiça os perversos e os
fiéis.
Não havendo profecia, o povo se corrompe.
(Provérbios 29:18)
Infelizmente, alguns “profetas” não são dignos de honra. Alguns
que se dizem conhecedores da palavra de Deus não são fiéis no seu ensinamento.
Vamos considerar a mensagem de Jeremias e algumas aplicações dela.
Jeremias profetizou nas últimas quatro décadas antes da queda de
Judá à Babilônia. Ele chamou o povo, e especialmente os líderes dos judeus, ao
arrependimento. Jeremias bem entendeu que o principal problema não foi uma
questão de diplomacia ou poder militar.
Este servo de Deus viu a corrupção do povo, de cima para baixo,
como motivo do castigo divino iminente. No capítulo 23, ele apresenta uma
mensagem de Deus que mostra a diferença entre o Pastor verdadeiro e fiel e os
maus pastores que maltrataram as ovelhas do Senhor.
(Estudos da Bíblia)
(Estudos da Bíblia)
A corrupção, tanto moral, como a espiritual, não fazem nenhum
bem para a sociedade e nem para Deus, mas parece que é o que nos tem assolado
durante milênios. Que Deus nos ajude a eliminar este grande mal.
Abraços e muita paz!
Corrupção é um grande mal da humanidade
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
março 04, 2015
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