Neste mundo é preciso seguir e cumprir leis. Eis a sentença do
Divino Mestre a todos os humanos cristãos. Segundo o grande Mestre Jesus, o
Mestre dos Mestres, a nossa tarefa neste mundo é cuidar uns dos outros. Neste
mundo, o cristão está condenado a compreender e ajudar, amar e perdoar, educar
e construir, distribuir tarefas edificantes e bênçãos de luz renovadora, onde
estiver.
Segundo Ele, é nossa obrigação substituir a discriminação de
castigos diversos por remédio, serviço, fraternidade, educação e amor.
A Sentença e a Realidade da Existência
Ao compreendermos a realidade da existência, notaremos que este
mundo carece de qualidades. Resta ao ser humano transformá-lo, já que é próprio
do homem, a mutação para um tempo melhor.
Quem alcança o completo domínio de sua mente já não precisa mais
entregar-se a ritos ou outros procedimentos, pois em seu cerne habita a
vigilância, e o descompasso não o atinge.
A plenitude da compaixão é alcançada por aquele que tem fé.
A humanidade é um completo bem-estar que acontece em nossa alma,
mas é preciso discernir bem entre humildade, quase um dom espiritual e uma
postura servil.
Aquele que compreende e aplica os ensinamentos espirituais com
Pureza de Coração, renascerá num dos céus sublimes. (Desperte com Alegria)
A Sentença Cristã
Um juiz cristão, rigoroso nas aplicações da lei humana, mas fiel
no devotamento ao
Evangelho, encontrando-se em meio duma sociedade corrompida e
perversa, orou, implorando a presença de Jesus.
Tantas sentenças condenatórias devia proferir diariamente, que
se lhe endurecera o coração.
Atormentado, porém, entre a confiança que consagrava ao Divino
Mestre e as acusações que se acreditava compelido a formular, rogou, certa
noite, ao Senhor, lhe esclarecesse o espírito angustiado.
Efetivamente, sonhou que Jesus vinha desfazer-lhe as dúvidas
aflitivas. Ajoelhou-se aos pés do Amoroso Amigo e perguntou:
- Mestre, que normas adotar perante um homicida? Não estará
logicamente incurso nas penas legais?
O Cristo sorriu, de leve, e respondeu:
- Sim, o criminoso está condenado a receber remédio corretivo,
por doente da alma.
O juiz considerou estranha a resposta; contudo, prosseguiu
indagando:
- Como agir, ante o delinquente rude, Senhor?
- Está condenado a valer-se de nosso auxílio, através da
educação pelo amor paciente e construtivo - explicou Jesus, bondoso e calmo.
- Mestre, e que corrigenda aplicar ao preguiçoso?
- Está condenado a manejar a enxada ou a picareta, conquistando
o pão com o suor do rosto.
- Que farei da mulher pervertida? - interrogou o jurista,
surpreso.
- Está condenada a beneficiar-se de nosso amparo fraterno, a fim
de que se reerga para a elevação do trabalho e para a dignidade humana.
- Senhor, como julgar o ignorante?
- Está condenado aos bons livros.
- E o fanático?
- Está condenado a ser ouvido e interpretado com tolerância e
caridade, até que aprenda a libertar a própria alma.
- Mestre, e que diretrizes adotar, ante um ladrão?
- Está condenado à oficina e à escola, sob vigilância benéfica.
- E se o ladrão é um assassino?
- Está condenado ao hospício, onde se lhe cure a mente
envenenada.
O magistrado passou a meditar gravemente e lembrou-se de que
deveria modificar todas as peças do tribunal, substituindo a discriminação de
castigos diversos por remédio, serviço, fraternidade e educação. Todavia, não
se sentindo bem com a própria consciência, endereçou ao Senhor suplicante
olhar, e perguntou, depois de longos instantes:
- Mestre, e de mim mesmo, que farei?
Jesus sorriu, ainda uma vez, e disse, sereno:
- O cristão está condenado a compreender e ajudar, amar e
perdoar, educar e construir, distribuir tarefas edificantes e bênçãos de luz
renovadora, onde estiver.
Nesse momento, o juiz acordou em lágrimas e, de posse da sublime
lição que recebera, reconheceu que, dali em diante, seria outro homem. (Francisco
Cândido Xavier)
A Lei Divina
As mais eloquentes e exatas testemunhas de um homem, perante o
Pai Supremo, são as suas próprias obras. Aqueles que amparamos constituem nosso
sustentáculo.
O coração que amparamos constituir-se-á agora ou mais tarde em
recurso a nosso favor. Ninguém duvide. Um homem sozinho é simplesmente um
adorno vivo da solidão, mas aquele que coopera em benefício do próximo é credor
do auxílio comum.
Ajudando, seremos ajudados. Amando, seremos amados. Doando, receberemos: esta é a grande e Suprema Lei Divina.
Abraços e muita paz!
A Sentença do Divino Mestre aos Humanos
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
fevereiro 26, 2015
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