Muitos vivem correndo desesperadamente atrás do luxo e dos bens
materiais, o conforto material é bom, mas não essencial para a evolução humana.
Não podemos esquecer que a verdadeira riqueza está no sustento espiritual, no crescimento
dos bons e dignos sentimentos, na razão e postura de vida. O aprisionamento aos bens materiais produz a cegueira
absoluta da razão na maioria das pessoas. É lógico que os bens materiais devem
ser usados para nossa subsistência, é para isso que trabalhamos, mas não podemos
lutar e pensar apenas por eles.
Não se apegue aos bens materiais.
Não se faça deles escravo.
Não se faça deles escravo.
Os bens que a providência lhe concedeu possuir devem ser usados para a sua
subsistência, a conservação de sua saúde e até para o seu conforto material, é
claro. Para isso você trabalhou.
O que não é possível é que em outra coisa você não pense mais, a não ser em
possuir bens materiais, como se não houvessem outros valores mais importantes e
essenciais.
Lembre-se de que os bens que temos a morte os consome; o bem que fazemos o Céu
retribui. (J.S.Nobre)
Às vezes não possuímos grandes bens materiais, mas somos miseráveis, pois nos especializamos em reclamar e valorizar o que nos falta e não nos alegrar pelo que temos e somos. A sensibilidade depende de nossa visão e postura de vida. (Augusto Cury)
Às vezes não possuímos grandes bens materiais, mas somos miseráveis, pois nos especializamos em reclamar e valorizar o que nos falta e não nos alegrar pelo que temos e somos. A sensibilidade depende de nossa visão e postura de vida. (Augusto Cury)
Os seres humanos são dotados de uma natureza tal que não
deveriam apenas possuir bens materiais, mas deveriam antes possuir sustento
espiritual. Sem o sustento espiritual, torna-se difícil adquirir e manter a paz
de espírito.
(Dalai Lama)
Estamos obcecados com "o melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
(Dalai Lama)
Estamos obcecados com "o melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor
dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
Bom não basta.
O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos
distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o
melhor".
Isso até que outro "melhor" apareça e é uma questão de dias ou de
horas até isso acontecer.
Novas marcas surgem a todo instante.
Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece
superado, modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos,
numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.
Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que
falta conquistar ou ter.
Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão
vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor
tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos,
às vezes, é mais do que suficiente.
Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o
cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da
empresa?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o
"melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe
um melhor e dez vezes mais caro?
O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor
cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixados ansiosos
e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.
A casa que é pequena, mas nos acolhe.
O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.
A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens
"perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar
à chance de estar perto de quem amo...
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me
constituem.
O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?
Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem
percebeu?
"Sofremos demais pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito
que temos." (Leila Ferreira)
Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver sem um manual de instruções. (Martha Medeiros)
Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver sem um manual de instruções. (Martha Medeiros)
Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura,
Tendo-os na ponta do nariz!
(Mario Quintana)
Abraços e muita paz!
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura,
Tendo-os na ponta do nariz!
(Mario Quintana)
Abraços e muita paz!
Correndo desesperadamente atrás do luxo
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
outubro 02, 2014
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