A vida não é um filme de nossas vontades absolutas, nem sempre
as coisas acontecem como queremos. Nós sempre pedimos que as coisas aconteçam
de modo que nos favoreçam de alguma forma, e contudo, nos esquecemos que se
tudo fosse fácil, seriamos prejudicados. A vida em si, é um eterno aprendizado,
e, aprendemos graças a circunstâncias que nos afrontam. No ser humano o ego
fala sempre mais alto. Tudo está ótimo, se atende ao nosso eu, aos nossos
desejos mais imediatos. Não vemos o que está à nossa volta, as coisas boas e
bonitas que a vida nos convida a participar. Precisamos ver nas adversidades e dificuldades
que surgem para nós um convite para tentar melhorar o caminho da vida, o nosso
filme de vida.
De todas as coisas que existem, algumas estão ao nosso alcance,
e outras não. Estão ao nosso alcance: o pensamento, os impulsos, o querer e o
não querer – em uma palavra, tudo aquilo cujo resultado são nossas próprias
ações.
Mas existem coisas que surgem sem que possamos interferir, nos
surpreendem, e neste caso, é preciso saber olhar com sabedoria o que se passa.
O que perturba o espírito do homem não são os fatos, mas o julgamento que
fazemos a respeito dos mesmos.
Não peça que tudo na vida siga o caminho de sua vontade. Reze
para que as coisas aconteçam como elas precisam acontecer – e verá que tudo é
muito melhor do que estava esperando. (Paulo Coelho)
Nem tudo pode ser como queremos...
Quando os bebês nascem, berrando por terem saído do conforto em
que estavam, berrando a cada sensação de fome e frio, eles começam a perceber
que, neste mundo, existem situações em que nem tudo pode ser do jeito que
gostariam que fosse.
A nova alimentação lhes dá dor de barriga, e esta dor nem sempre
passa logo. O xixi na fralda também incomoda. Conforme eles crescem, vão
percebendo que a vida funciona assim: muitas vezes, não podemos ter o que
desejamos, ou não podemos fazer o que queremos do jeito que queremos.
Porém, quase diariamente, acontecem coisas que nos desagradam,
ou somos obrigados a fazer coisas que detestamos ou a deixar de fazer coisas
que adoramos.
Existem dias em que temos de renunciar a fazer algo que
planejamos para comparecer a algum compromisso da família, como não ir ao
cinema no último dia em que o filme está em cartaz, para ir ao aniversário de
uma tia.
Ou por causa da escola, como não sair com a turma para poder
estudar pra uma prova muito difícil...
As coisas funcionam assim, para qualquer ser humano: às vezes,
as pessoas em volta se acomodam às nossas vontades e, às vezes, nós é que
precisamos nos acomodar às necessidades de um dado momento ou de outra pessoa.
O que é curioso é que muitas pessoas, mesmo não sendo mais
bebês, não compreenderam isto ainda: continuam chorando ou gritando, quando
qualquer uma de suas mínimas vontades não é satisfeita. Parecem bebezões! Se
não choram escandalosamente, pra não dar vexame, pelo menos fazem biquinho e ar
de contrariedade...
É lógico que é importante podermos fazer nossa vontade, até
lutar por isso. Mas também é importante saber compreender quando é preciso
ceder por uma razão mais séria, e a capacidade de perceber isto nos ajuda
muito, em nossas vidas.
Uma das coisas que torna estes momentos mais difíceis, é que
pode bater aquela sensação de que ninguém liga pro que queremos. Mas se pensar
um pouco, vai ver que as pessoas que o amam vem tentando fazer coisas que
agradam, em outras ocasiões; e que elas terão inúmeras outras chances de
fazê-lo.
Na verdade, fazer algo pelo próximo pode nos dar uma sensação
muito mais agradável que fazer algo por nós mesmos. Sim, você pode descobrir
que a vida reserva grandes alegrias, também aos que renunciam a um de seus
momentos de lazer pela dedicação a um ideal ou para oferecer ajuda a alguém
mais além de si próprio. (Rita Foelker)
Se conseguirmos aprender a aceitar determinados fatos acerca de
nós próprios e da vida, tal como aceitamos o fato do céu ser azul e a erva
verde, o panorama será muito melhor. Não estou a querer dizer com isto, que
deveremos submeter-nos à vida ou às nossas condições de vida, nada disso.
Mas, que existem coisas das quais não controlamos e que inevitavelmente
acabarão por acontecer, nem sempre como queremos ou gostaríamos que
acontecesse. No entanto, mesmo perante uma catástrofe, podemos decidir o que
fazer depois das coisas terem se acalmado. (Miguel Lucas)
Abraços e muita paz!
Vida não é um filme de nossas vontades
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
setembro 05, 2014
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Eloiza Martins De Oliveira Miranda · Quem mais comentou · Faculdade "Auxilium" de Filosofia, Ciências e Letras de Lins
ResponderExcluirPara uma boa reflexão... Nem sempre o que queremos é o melhor para nós...isso acontece sempre. Surge a necessidade da Fé em Deus, da ligação direta ao alto. Conta muito a humildade, esperança, serenidade... Bom final de semana e muita Paz!!
Bom dia, minha querida amiga Eloiza Martins De Oliveira Miranda!!!
ExcluirVerdade, nem sempre sabemos ou queremos o que é melhor para nós, mas Deus sempre sabe.
Obrigado, minha querida amiga, que bom que gostou da reflexão, fico muito feliz com sua presença, com seu rico comentário, com o seu apoio e carinho de sempre, valeu!!!
Obrigado, tenha uma linda e abençoada semana!!!
Abraços e muita paz!!!