Segredos para uma vida feliz e saudável.
O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas, viver sabia e seriamente o presente. (Buda)
Só existem dois
dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama
amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e
principalmente viver. (Dalai Lama)
O maior segredo para a felicidade é compreender e aceitar algumas coisas da vida. A primeira delas é a compreensão da transitoriedade da existência. É da realidade humana a transformação, a mudança, a passagem, a não-permanência. Os grandes problemas das pessoas estão relacionados a isso: o envelhecimento, a doença, as separações, as perdas, a morte. Lidamos mal com esses fenômenos porque nos deram um profundo desejo por segurança, estabilidade e permanência. Daí nossa resistência às mudanças e nosso apego às coisas e pessoas. Sofremos pelo fato de o mundo ser de uma forma da qual não gostamos.
E, em vez de
aprendermos, no decorrer da vida, a gerenciar melhor os inevitáveis fatos
negativos, gastamos uma quantidade enorme de energia para controlá-los.
A depressão é
um exemplo típico de quem se entristeceu profundamente porque a vida ser como
ela é. A vida é para ser vivida e não para ser mantida. O casamento, a família,
o trabalho, as relações são para serem usufruídos e não para serem conservados.
O autoconhecimento é uma ferramenta importante para melhorar nossa qualidade de
vida. O ver-nos tais quais somos é fundamental. O ver-nos tais quais somos é
fundamental. Só o conhecimento de si próprio é pouco. Ele tem de ser seguido de
uma ampla aceitação daquilo que descobrimos em nós. Muitas pessoas
fazem um grande esforço para se conhecerem e depois não se aceitam. É comum às
pessoas abandonarem a terapia, ao tomar consciência de si próprias. Como somos
imperfeitos, temos pontos positivos e negativos. Para sermos felizes temos de
nos amar, nos aceitar como somos, incluindo evidentemente os defeitos, os sentimentos
negativos, as imperfeições corporais, emocionais, intelectuais, financeiras,
etc. A autoestima é a base para a felicidade. A autoaversão é origem de muito
sofrimento.
Quando nos aceitamos, há uma grande chance de transformação e de crescimento pessoal. Quanto ao prazer, temos duas possibilidades de orientação. Ou somos orientados para a felicidade e o prazer ou para o controle e o poder. A felicidade é uma disponibilidade para a vida e, portanto, para a alegria, o prazer, a plenitude.
Não podemos, no
entanto, confundir essa predisposição com a necessidade compulsiva para o
prazer imediato. Tanto o meu prazer quanto a realidade fazem parte da vida. Às
vezes temos de abrir mão dele ou adiá-lo em vista das consequências. Quando
estamos disponíveis para a vida, somos abertos ao prazer e às dores
necessárias. O pesar, a tristeza, a raiva diante de uma morte, por exemplo, são
necessárias para resolução interna da perda.
E sobre o valor
das relações afetivas na nossa qualidade de vida. O homem é um ser relacional.
Tudo na vida humana está inserido em relacionamentos. Sem
as relações nós nem saberíamos quem somos.
Falar que
alguém é feliz é o mesmo que dizer que ele tem bom relacionamento consigo
mesmo, com as pessoas, com as coisas.
É claro que
algumas relações são mais importantes que outras, na estruturação da
felicidade. A relação mais importante, do ponto de vista humano, é a relação
afetivo-sexual, na medida que é uma relação básica, natural, origem da vida.
Essa relação é reclamada pelo nosso corpo, nosso emocional, todo nosso ser. As
relações ligadas à família e à amizade são também fundamentais para nosso
equilíbrio psicológico e, portanto, na qualidade de nossa vida. Todas as outras
relações, embora importante, são secundárias frente a essas. A relação de
trabalho se destaca por fornecer meios que viabilizam as outras relações e por
permitir a expressão do nosso potencial e pela quantidade de tempo que
dedicamos a ela. A relação social, pública é periférica. A sociedade inverteu
tudo, colocando as relações sociais e do trabalho em primeiro lugar e as
relações familiares, amorosas para depois. Isso, porém, não significa que as
pessoas só serão felizes se estiverem casadas ou namorando.
Confundimos frequentemente
o amor com as molduras sociais do amor. O que nos faz felizes é nossa
capacidade de amar e sua expressão e não, como nos ensinaram, possuirmos ou
sermos possuídos por alguém.
Com o tempo,
serei feliz? A felicidade, assim como a sabedoria, não é uma questão de tempo.
Conheço pessoas idosas que não sabem viver bem e pessoas jovens que o sabem. O
importante é a compreensão da vida. Temos de nos dedicar a este caminho e nos
perguntarmos continuamente: o que podemos fazer para melhorarmos nossa
qualidade de vida. Temos de expandir nossas procuras: terapias, leituras,
atividades corporais, caminhos religiosos, tudo que possa nos ajudar nessa
busca. Devemos aprender a felicidade, pois a sociedade nos ensinou a
infelicidade. O sucesso pessoal (não o sucesso social e profissional) é
possível a todo mundo e é nossa obrigação conquistá-lo, independente de posição
social, do peso, da beleza, da altura, da origem familiar, da saúde, do fato de
estar com alguém. Ser feliz é estar em conexão consigo mesmo, se sentir inteiro
e, sobretudo, amar.
Publicado na Coluna
Bem Viver do Jornal Estado de Minas.
Autor: Antônio
Roberto
O segredo é não
correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até
você. (Mario Quintana)
Abraços e muita
paz!!!
Segredos para uma vida feliz e saudável
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
agosto 28, 2013
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