Pelo que vale a
pena viver?
Nós esperávamos
que as pessoas do século XXI fossem alegres, soltas, divertidas, afinal de
contas, elas têm tido acesso a uma poderosa indústria do lazer, mas eis que as
pessoas estão estressadas, represadas e tristes.
Esperávamos que
o acesso à tecnologia e aos bens materiais fizesse com que as pessoas tivessem
mais tempo para si mesmas. Mas, raramente, elas gastam tempo com aquilo que
amam.
Vivemos espremidos em sociedades populosas, mas a proximidade física não trouxe a proximidade emocional. O diálogo está morrendo. A solidão virou rotina. As pessoas aprendem por anos as regras da língua, mas não sabem falar de si mesmas.
Os pais escondem suas emoções dos seus filhos.
Os filhos ocultam suas lágrimas dos seus pais.
Os professores se escondem atrás do giz ou dos computadores.
Vivemos espremidos em sociedades populosas, mas a proximidade física não trouxe a proximidade emocional. O diálogo está morrendo. A solidão virou rotina. As pessoas aprendem por anos as regras da língua, mas não sabem falar de si mesmas.
Os pais escondem suas emoções dos seus filhos.
Os filhos ocultam suas lágrimas dos seus pais.
Os professores se escondem atrás do giz ou dos computadores.
Psiquiatras e
psicólogos estão tratando, sem sucesso, a solidão, pois ela não se resolve entre
quatro paredes de um consultório.
Os seguidores
de Jesus perderam todos os valores sociais, não tinham dinheiro, fama,
proteção, mas tinham tudo o que todo ser humano sempre desejou. Tinham alegria,
paz interior, segurança, amigos, ânimo. Cada um deles viveu uma grande
aventura.
Eles tiveram grandes sonhos e a coragem para correr todos os riscos para transformá-los
em realidade.
Raramente se
viu pessoas tão realizadas, sociáveis e satisfeitas.
Eles não tinham
nada, mas tinham tudo.
Eram
discriminados, mas tinham inumeráveis amigos.
Em alguns
momentos, parecia que tinham perdido a esperança e a fé, mas cada manhã era um
novo começo.
Cada derrota
era uma oportunidade para começar tudo de novo.
Cada coração
aliviado dava forças para eles continuarem no caminho.
Nos seus
lábios, havia um agradecimento diário pelo espetáculo da vida. Não exigiam nada
dos outros, mas davam tudo o que tinham.
Foram
tolerantes com seus inimigos, mas seus inimigos foram implacáveis com eles. Tornaram-se
amantes da paz, foram pacificadores dos aflitos, compreenderam a loucura dos
que se achavam lúcidos. Foram felizes numa sociedade inumana. Na juventude
tinham inúmeros traumas, mas o vendedor de sonhos fez algo que deixa
boquiaberta a ciência moderna. Ele os transformou na casta mais inteligente e
saudável de pessoas. As cartas que eles escreveram revelam características de
personalidade que poucos psiquiatras e psicólogos conquistam. Os sonhos que
eles viveram não apenas eram celestiais, mas vão ao encontro dos mais belos
sonhos da filosofia, da psicologia, da sociologia, das ciências da educação.
Mostraram que
vale a pena viver, mesmo quando ceifaram suas vidas.
E hoje, será
que nossa vida alçou um grande significado?
Jesus
demonstrou de muitas formas para que as pessoas compreendessem a grandeza da
vida.
Será que
compreendemos seu valor?
Somos fagulhas
vivas que cintilam durante poucos anos no teatro da vida e depois se apagam tão
misteriosamente quanto acenderam.
Nada é tão
fantástico quanto a vida, mas nada é tão efêmero, fugaz quanto ela.
Hoje estamos
aqui, amanhã seremos uma página na história.
Um dia todos
nós tombaremos na solidão de um túmulo e ali não haverá aplausos, dinheiro,
bens materiais. Estaremos sós.
Se a vida é tão
rápida, não deveríamos nessa breve história do tempo procurar os mais belos
sonhos, as mais ricas aspirações?
Pelo que vale a
pena viver?
Quais sonhos
nos controlam?
Muitos têm
depressão, ansiedade, stress, não só por conflitos na sua infância, mas pela
angústia existencial, pelo tédio tenso que os abate, pela falta de um sentido
sólido em suas vidas.
Muitos têm
fortunas, mas mendigam o pão da alegria.
Muitos têm
cultura, mas falta-lhes o pão da tranqüilidade.
Há pouco tempo,
um dos mais populares cantores desse país disse na mídia que tinha dinheiro e
fama, mas não tinha prazer de viver, sua vida se tornara uma fonte de tédio.
Crise
existencial, vazio interior, solidão, palavras que não faziam parte do
dicionário da personalidade dos discípulos do mestre dos mestres.
Quando o corpo
de Jesus tremulava na cruz, ele disse frases inesquecíveis que inspiraram o
centurião romano, encarregado do seu martírio. Seu carrasco reconheceu sua
grandeza e começou a sonhar.
Quando os seus
discípulos morriam, o mesmo fenômeno continuou a ocorrer. A dignidade,
segurança e sensibilidade nos últimos momentos deles fizeram com que alguns
torturadores se curvassem. Que fenômeno interior é esse que deixa extasiada a
sociologia e a psicologia?
Se Nietzche,
Carl Marx e Jean Paul Sartre tivessem a oportunidade de analisar a
personalidade de Jesus e a sua atuação nos bastidores da mente dos seus
discípulos, como eu o fiz, provavelmente não estariam entre os maiores ateus que
pisaram nesta terra.
As sociedades
ainda não despertaram para a grandeza da personalidade de Jesus.
E impossível
alguém fazer o que ele fez e ser tão somente um ser humano.
Sua vida era
tão simples, mas cercada de mistérios.
Milhões de
pessoas dizem que ele era o filho de Deus.
Seus
comportamentos surpreendentes e não apenas seus milagres confirmam isso.
Mas nunca
alguém tão grande foi tão humano.
Muitos homens
querem ser deus, estar acima dos sentimentos comuns, mas ele se apaixonou tanto
pela humanidade que quis ser um ser humano.
Amou ser igual a
mim e a você.
A sua
personalidade não apenas revela que ele atingiu o topo da saúde psíquica, mas
que foi mais longe do que isso.
Ele foi o maior
educador, psicoterapeuta, sócio-terapeuta, pensador, pacifista, orador, vendedor
de sonhos, construtor de amigos de todos os tempos.
Muitos dos
líderes religiosos da atualidade que dizem segui-lo desconhecem essas magníficas
áreas da sua personalidade.
Eu analisei a
inteligência de Cristo criticando, duvidando e investigando as quatro biografias
de Jesus, os evangelhos, em várias versões. Estudei as intenções conscientes e
inconscientes dos autores das suas quatro biografias. Talvez tenha sido um dos
raros cientistas que investigou a sua personalidade.
O primeiro resultado é que
descobri que o homem que dividiu a história não poderia ser fruto de uma ficção
humana.
Ele não cabe no
imaginário humano.
Ele andou e
respirou nesta terra.
O segundo
resultado é que a grandeza da sua personalidade expôs as falhas da minha
personalidade.
Fui ajudado a compreender
as minhas limitações e a minha pequenez.
O terceiro
resultado me surpreendeu.
Ao analisar o
vendedor de sonhos, fui contagiado por ele.
Comecei a sonhar
os seus mais belos sonhos...
Que a sua vida
também se transforme num jardim de sonhos...
Mesmo quando os
pesadelos vierem, jamais deixe de sonhar.
(Do livro O
Mestre Inesquecível - Augusto Cury)
Abraços e muita
paz!!!
Pessoas do século XXI... Quem Somos?
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
dezembro 10, 2012
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