Que nenhum de
nós se esqueça da força que possui.
Que não nos
falte fé e amor.
Que eu saiba
puxar lá do fundo do baú, o jeito de sorrir pros nãos da vida.
Que as perdas
sejam medidas em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita
métrica nem contado em reais.
Que minha
bolsa esteja cheia de papéis coloridos e desenhados à giz de cera pelos anjos
que moram comigo.
Que as
relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas com abraços longos.
Que eu possa
também abrir espaço pra cultivar a todo instante as sementes do bem e da
felicidade de quem não importa quem seja ou do mal que tenha feito para
mim.
Que a vida me
ensine a amar cada vez mais, de um jeito mais leve.
Que o
respeito comigo mesma seja sempre obedecido com a paz de quem está se
encontrando e se conhecendo com um coração maior.
Um encontro
com a vontade de paz e o desejo de viver...
(Caio F.
Abreu)
As perdas são
partes da vida. As perdas são necessárias porque para crescer temos de perder,
não só pela morte, mas também por abandono, pela desistência. Em qualquer
idade, perder é difícil e doloroso, mas só através de nossas perdas nos
tornamos seres humanos plenamente desenvolvidos.
As pessoas
que somos e a vida que vivemos são determinadas, de uma forma ou outra, pelas
nossas experiências de perda. Esta compreensão ajuda a ampliar o campo de nossas
escolhas e possibilidades.
Todos nós, em
princípio, lutamos contra as perdas, mas as perdas são universais, inexoráveis
e muito abrangentes em nossas vidas.
E nossas perdas
incluem não apenas separações e abandonos, mas também a perda consciente ou
inconsciente, de sonhos românticos, ilusões de segurança, expectativas irreais
e outras. As perdas que enfrentamos ao longo da vida, e das quais não podemos
fugir são:
- Que o amor de
nossos pais não é só nosso.
- Que nossos
pais vão nos deixar, e que nós vamos deixá-los.
- Que por
mais sábio, belo e encantador que alguém seja ninguém tem assegurado casar e ”ser
feliz para sempre”.
- Que temos
de aceitar - em nós mesmos e nos outros - um misto de amor e ódio, de bem e de
mal.
- Que tudo
nesta vida é implacavelmente efêmero.
- Que estamos
neste mundo essencialmente por nossa conta.
- Que somos
completamente incapazes de oferecer a nós mesmos ou aos que amamos, qualquer
forma de proteção contra a dor e contra as perdas necessárias.
- Que nossas
opções são limitadas pela nossa anatomia e pelo nosso potencial.
- Que nossas ações são influenciadas pelo sentimento de culpa incutido em nós pela educação que recebemos.
- Que nossas ações são influenciadas pelo sentimento de culpa incutido em nós pela educação que recebemos.
Examinar
estas perdas permitem aceitar e modelar melhor os fatos da nossa vida.
Começar a
perceber como nossas perdas moldaram e moldam nossas vidas pode ser o começo de
uma vida mais promissora e Feliz.
A morte não é
a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós
enquanto vivemos. (Pablo Picasso)
Perder, dói!
Não adianta dizer não sofra, não chore; só não podemos ficar parados no tempo
chorando nossa dor diante das nossas percas. (Lya Luft)
Não queremos
perder, nem deveríamos perder: saúde, pessoas, posição, dignidade ou confiança.
Mas perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanização (Lya Luft)
Uma pessoa
imatura pensa que todas as suas escolhas geram ganhos. Uma pessoa madura sabe
que todas as escolhas tem perdas. (Augusto Cury)
Amadurecer
talvez seja descobrir que sofrer algumas perdas é inevitável, mas que não
precisamos nos agarrar à dor para justificar nossa existência. (Martha
Medeiros)
Grande abraço e muita paz a todos!
Perdas necessárias!
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
agosto 18, 2012
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