Somente se dá aquilo que se possui.
Como, pois, exigir amor de alguém que ainda não sabe amar?
Como requisitar respeito e consideração de criaturas que não atingiram o ponto delicado do sentimento que é o amor?
Quem dá afeto recolhe a felicidade de ver multiplicado aquilo que deu, mas somente damos de conformidade com aquilo de que podemos dispor no ato da doação.
Existem sintomas que aparecem nas criaturas, confundindo o amor que liberta e deseja o bem da outra pessoa com a atração egoísta que toma posse.
"Se eu me sacrifico pelo outro, exijo que ele se dedique a mim". Não se trata de caridade, e sim de compromisso imposto entre dois ou mais indivíduos de junto viverem, visando ao “bem estar familiar”. Na verdade, não estão exercitando o discernimento necessário para enxergar a autêntica satisfação de cada um como pessoa.
"Se eu me sacrifico pelo outro, exijo que ele se dedique a mim". Não se trata de caridade, e sim de compromisso imposto entre dois ou mais indivíduos de junto viverem, visando ao “bem estar familiar”. Na verdade, não estão exercitando o discernimento necessário para enxergar a autêntica satisfação de cada um como pessoa.
Há criaturas que tentam amar comprando pessoas, omitindo e negando suas necessidades e metas existenciais, abandonando tudo que lhe é mais caro e íntimo e depois, por terem aberto mão de todos os seus gostos e desejos, perdem o sentido de suas próprias vidas, terminando desastrosamente seus relacionamentos.
Alguns delegam o controle se si mesmos aos outros, cometendo assim, em “nome do amor”, o desatino de renunciar ao próprio senso de dignidade, componente vital à felicidade.
Não é de surpreender que vivam vazios e torturados, pois tornaram-se “um nada” ao permitirem que isso acontecesse.
Outros tantos usam da mentira, encobrindo realidades e escondendo conflitos. Convictos de que têm de ser perfeitos para ser amados, temem a verdade pelas supostas fraquezas que ela possa lhes expor diante dos outros. Acabam fracassados afetivamente por falta de honestidade e sinceridade.
Certas Criaturas afirmam categoricamente que amam, mas tratam o ser amado como propriedade particular. Por não confiarem em si mesmas, geram crenças cegas de que precisam cuidar e proteger, quando na realidade sufocam e manipulam criando um convívio insuportável e desgastante.
Uma das características mais tristes dos que dizem saber amar é a atitude submissa dos que nunca dizem “não”, convencidos de que, sendo sempre passivos em tudo, receberão carinho e estima. Esse tipo de comportamento leva as pessoas a concordar sempre com qualquer coisa e em qualquer momento, trazendo-lhes desconsideração e uma vida insatisfatória.
Requisitar dos outros o que eles ainda não podem dar é desrespeitar suas limitações emocionais, mentais e espirituais, ou seja, sua idade evolutiva. Forçar pais, filhos, amigos e cônjuge a preencher o teu vazio interior com amor que não dás a ti mesmo, por esqueceres teus próprios recursos e possibilidades, é insensato de tua parte.
É dando que se recebe; portanto, cabe a ti mesmo administrar tuas carências afetivas e fazer por ti o que gostarias que os outros te fizessem. Quanto aos outros, sejam eles quem forem, responderão por si mesmos conforme o seu livre-arbítrio e amadurecimento.
“No seu início, o homem não tem senão instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas este sol interior...”
Do Livro: Renovando Atitudes
Tenha uma vida maravilhosa!!!
Doando Amor
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
outubro 21, 2011
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