A vida não é um baile de máscaras.
Tem gente que por equívoco, carência, falta de oportunidade ou de orientação pensa que a vida é feita somente de confete, serpentina e em razão disso anda de máscara por aí, mentindo para os outros e o que é pior: para si mesmo. Esse tipo de conduta negativa enfraquece, drena a energia, consome o físico e o espírito levando o indivíduo a morrer aos poucos sem sentir.
Tem gente que por equívoco, carência, falta de oportunidade ou de orientação pensa que a vida é feita somente de confete, serpentina e em razão disso anda de máscara por aí, mentindo para os outros e o que é pior: para si mesmo. Esse tipo de conduta negativa enfraquece, drena a energia, consome o físico e o espírito levando o indivíduo a morrer aos poucos sem sentir.
Isso acontece porque quando faltamos com a verdade, começamos a caminhar em sentido oposto, voltamos aos pontos já ultrapassados, andamos em círculos e gastamos nossa chama interna de forma indevida. Essa luz que existe dentro de cada um de nós para clarear a nossa caminhada, acaba por nos faltar lá na frente. Quando mentimos ou fantasiamos a realidade, não estamos ofuscando a visão daqueles que estão perto de nós, pelo contrário, estamos nos cegando.
Passamos a gastar horas e horas de nossa existência em trabalhos mentais para sair daquela situação desagradável que nós mesmos criamos, para aliviar a dor que tentamos inicialmente evitar quando não assumimos nossos erros. E como dá trabalho mentir. Cansa a mente. Temos sempre que bolar novas idéias para proteger a mentira contada ontem. Isso vai se tornando um "vício", do qual muitas criaturas não conseguem mais largar. Junto com todo esse desconforto interno e externo vem o remorso. Aquela nuvem carregada quando sentimos na própria pele o mal que fazemos à outra pessoa. Isso é, aquele sentimento da culpa. Como ele nos corrói. Nessas horas nossa chama interna diminui e nos desorienta.
Para ilustrar, um exemplo muito comum é o daquele que trai o seu parceiro, que vive uma vida dupla, que não assume nem um relacionamento, nem o outro. Está com uma pessoa e pensa na outra e vice-versa. Fatalmente, com uma das duas, estará sempre brigando. Vai optando pela companhia de uma ou de outra, de acordo com os gestos receptivos do parceiro, se esses não corresponderem à sua expectativa, eis aí um aval para sua própria explosão. Combustão essa que na verdade, é fruto da sua consciência em desalinho.
Quem mente precisa de motivos para que briguem com ele. Ele vai farejando situações para que o outro inocentemente caia em sua armadilha e quando o encaçapa: bingo! Era tudo que precisa para desertar. Sai e deixa um rastro de dor e angústia, caso o outro não esteja emocionalmente estruturado. Chega a transferir para o outro a responsabilidade por tudo que aconteceu, como se isso o eximisse de qualquer transtorno causado. Se o traído se magoa e cobra dele uma postura, melhor para ele, assim pensa estar livre e alivia sua própria culpa.
Quando as coisas se acalmam, ele volta para a pessoa “amada” por vontade própria ou se o chamarem. Depois pede desculpas ou não, e na primeira oportunidade, fará tudo de novo. Repetirá as mesmas atitudes até aprender a gostar de si mesmo. Até se encontrar com o seu próprio ser. Quando finalmente tiver assimilado a lição, descobrirá que a felicidade que tanto buscou num mundo de ilusão era real e palpável. Nessas experiências tortuosas sofre quem trai e quem é traído. Sobra dor e falta alegria. No fim das contas, costuma haver poucos lucros para as partes envolvidas. Experiências assim muitas vezes são inevitáveis e fazem parte do aprendizado emocional do ser humano, da habilidade em que cada um tem ou não para o exercício da paixão todavia, se adotadas como conduta na vida, nos torna seres sedentos de paz.
O ser dividido é extremamente infeliz, e na maioria das vezes, não sabe e nem quer admitir isso. Muitos agem assim porque tem baixa estima, não tiveram a devida atenção quando crianças, não se sentem valorizados, carregam chagas e complexos de inferioridade que o fazem ferir os que estão perto deles lhes dando amor e atenção. É um processo, muitas vezes, inconsciente que os leva à autodestruição. Partem para um escape da realidade, se envolvem em contendas fúteis, vícios e situações onde possam espalhar toda a sua agressividade. Na verdade acabam se vingando em si mesmos. Fica difícil para quem não sente amor próprio, reconhecer o amor que recebe.
Ele desconfia o tempo dele mesmo, como confiar em alguém? Perdem um tempo precioso da vida que não recuperam mais. Sem falar nas pessoas especiais que atravessam seu caminho, e que por desconhecimento, “dispensam”. No fundo é um processo penoso para quem está dentro e fora dele. Não somos perfeitos e estamos aqui para evoluir, mas permanecer no erro é estagnar. Em água parada nada se cria e as doenças se espalham. Viver uma relação, antes de mais nada, precisa ser saudável.
Existem também outros exemplos de fantasias que vemos em abundância no nosso cotidiano: o manto da imaturidade dos que querem parecer o que não são, o véu da vaidade que faz camuflar o perdão diante da falha de um companheiro e por aí vai.
Durante o reinado do Momo devemos aproveitar para assumir esses personagens fictícios que gostamos de ser, vestir a fantasia para brincar com a vida. Vale a coerência, pois só a verdade nos harmoniza e nos leva ao encontro do amor, esse sentimento único que perseguimos desde que nascemos.
(Autora: Ana Anciães)
Tenha um lindo dia!
Retirando a Mascara Negra
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
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agosto 01, 2010
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Caro amigo Pirollo.
ResponderExcluirEstes disfarces e desvios de conduta são os piores defeitos de caráter que um ser pode alimentar.
Realmente como citado no texto: Manto da imaturidade, que vem crescendo nestes tempos em que vivemos.
É lamentável.
Parabéns pelo post.
Excelente reflexão.
Gostei muito do conteúdo do seu blog e estou participando da lista.
Abraços.
Alba
@Arte e Café
ResponderExcluirMinha cara amiga Alba, fico muito feliz e grato por sua visita e pelo excelente comentário. É verdade, as pessoas andam afastadas de Deus, deixam de praticar as boas condutas, o que se vê é um monte de atrocidades sem fim, infelizmente! Também gostei muito do texto, nos induz a reflexão para uma vida melhor e mais saudável. Abraços e muita paz!!!
Sabe amigo, durante nossa vida encontramos muitos que vivem a ilusão de ser o que não e, alguns chegam mesmo a vestir a mascara de tal forma que fica difícil removê-la depois, creio que destas atitudes surgiu o dito, " Faça o que digo mas não faça o que faço".
ResponderExcluirAbraços forte
Ola amigo,
ResponderExcluirAonde você não tem ilusão, não existe desilusão. E o mundo vai continuar desta mesma maneira, por isso você tem que começar a cuidar de si mesmo. A ilusão faz com que você "creia" no errado, nas coisas que terão um resultado negativo para você.
O orgulho, um sentimento tão "falado", é um grande "armazenador" das nossas ilusões. Você já deve ter ouvido dizer que "o orgulho cega". Ele cega porque é uma ilusão, ele é um sentimento que não deixa você "ver" com clareza. O orgulho é um estado gerado pelas nossas ilusões. Quando você está "enxergando" uma situação e/ou pessoa através das suas ilusões, você "vê" deformado, age deformado, porque a ação vem como resultado daquilo que "enxergo" que entendo, e sofre. Muitas das suas ilusões, você nem é capaz de percebê-las desta forma, diz que "são as verdades da vida". Mas, você tem que começar a "olhar" bem para não errar.
Meu carinho
@Principe Encantado
ResponderExcluirCaro amigo Príncipe, exatamente, muita pessoas, por comodismo, egoísmo... acabam vestindo a mascara das más condutas que se grudam cada vez mais, ficando difícil sua remoção, são aqueles que apenas vivem, sem se importar com mais nada e com ninguém. Fico feliz e grato por seu comentário e pela ilustre presença. Forte abraço e muita paz!!!
@Silvana Marmo
ResponderExcluirMinha querida amiga Silvana, exatamente, a prática das más condutas provocadas pelo egoísmo, orgulho, ilusão e tantas outras vicissitudes da vida faz com que muitos prefiram usar a tal máscara para ocultar seus defeitos, infelizmente! Preferem viver no terrível erro das más condutas dando ênfase para uma vida material e individual. Penso que um dia isso vai mudar, quando as pessoas perceberem que este caminho nada produz para o crescimento interior e para uma vida saudável. Fico sempre muito feliz e grato com seus excelentes comentários e pela brilhante presença. Tenha também o meu carinho e muita paz!!! Obrigado pela visita!
Dú,acredito que só usa desse artifício da Mascara quem não tem capacidade de encarar a si próprio.Como descreve o texto só somos capazes de enxergar os sentimentos dos outros quando nos mesmos já o conhecemos.Ainda hoje li um artigo que devemos desejar para nossas vidas a felicidade realista e não a idealizada.Devemos tomar rédeas da nossa felicidade e não depositar em ninguém nenhum fardo se houver qualquer tipo de desilusão.Pois temos que ser os responsáveis por ela (a felicidade).
ResponderExcluirBjos
@Cecília
ResponderExcluirMinha querida amiga Cecília, concordo, só vão utilizar deste artifício aqueles que têm medo de encarar seus erros e sua escolha de vida. Preferem viver escondidos atrás de suas máscaras e continuar a prática de condutas negativas que vão se somando e transformam-se em grandes fardos, que muitas vezes não tem retorno. Com isso deixam de proceder a uma mudança de comportamento em direção das boas condutas. Fico muito feliz com seu excelente comentário e pela ilustre presença. Beijos e muita paz!!!
Meu amigo Pirollo, as vezes, de tanto olhar no espelho e ver a imagem com a mascara, a pessoa acaba por se convencer que a mascara faz parte do proprio ser.
ResponderExcluirNeste estágio, fica muito difícil de retira-la e convencer esta pessoa de que pode-se viver bem sem a mascara.
Com certa frequencia vemos pessoas insatisfeitas consigo mesmas, por esta razão, usam a mascara, para em primeiro lugar se aceitarem e assim, se sentirem aceitas.
As vezes tenho a impressão que não é por falta de carater, mas por não saberem se portar diante da sociedade competitiva e que com certa facilidade exclui os diferentes e/ou autênticos.
Citando meu exemplo: Não gosto de novelas, não gosto de futebol, não suporto programas como BBB, A Fazenda, e coisas do gênero, não costumo frequentar botecos com os amigos depois de um dia de trabalho, entre outras coisas que aparentemente são comuns as pessoas. Isto faz de mim uma espécie de alienígena, onde alguns que não compreendem olham torto, sem entender.
Neste caso, eu poderia usar uma máscara, torcer por um time qualquer, assistir o que não gosto apenas pera ter assunto e discutir estes assuntos com os "amigos de boteco".
Tenho certeza que algumas pessoas também não gostam muito de certas coisas, mas a fazem para não serem excluido, desconhecendo o fato de que existem muitos outros que também não gostam e não praticam aquilo que não tem interesse. Neste ponto, a mascara está criada e tempos depois a farsa faz parte integrante da personalidade fraca de quem não teve a coragem de enfrentar a diversidade própria e se assumir como verdadeiramente é.
Posso até estar enganado, mas acredito que devemos separar a máscara da falcidade de carater, da máscara da falta de estrutura, muitas vezes imposta pela educação que recebeu e/ou pela religião que segue.
Um grande abraço
Giba
@Giba
ResponderExcluirMeu caro amigo Giba, você está mais do que correto, existem vários tipos de máscaras e a pior delas, a negra, é a usada pelos que praticam a falsidade por falta de caráter, aqueles que não teriam necessidade de usá-la, mas por deficiência de conduta, por estar atrelado aos maus do espírito, usa simplesmente porque gosta de praticar atrocidades. Existem também aqueles que a usam por imposição do destino, por imposição de pessoas dominantes, que agem também com o intuito de praticar a maldade, prejudicando assim o ser deficitário de conhecimento e sabedoria. Mas o melhor é sempre usar da verdade, mesmo que sejamos criticados por isso. Fico muito feliz e grato com seu excelente comentário, complementando o texto e pela ilustre presença. Grande abraço e muita paz!!! Obrigado pela visita!